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Plano Nacional de Vacinação

Plano Nacional de Vacinação

A vacinação é uma das medidas mais eficazes e seguras para proteger os nossos filhos contra uma série de doenças potencialmente graves. Em Portugal, o Plano Nacional de Vacinação desempenha um papel fundamental para garantir que as crianças estejam protegidas e saudáveis desde cedo.

O Plano Nacional de Vacinação em Portugal é um programa abrangente que define as vacinas recomendadas, o cronograma de imunização e os grupos-alvo a serem vacinados. Ele é desenvolvido e monitorizado pela Direção-Geral da Saúde (DGS), em colaboração com especialistas em saúde e com base em evidências científicas.

O objetivo do plano nacional de vacinação é proporcionar uma proteção eficaz contra uma variedade de doenças infecciosas, algumas das quais podem ter complicações graves e até fatais. Além de proteger as crianças individualmente, a vacinação também desempenha um papel crucial na prevenção da propagação de doenças na comunidade, contribuindo para a imunidade coletiva.

Vamos agora esclarecer algumas dúvidas que os pais podem ter sobre Plano Nacional de Vacinação em Portugal.

O que é o Plano Nacional de Vacinação?

O programa Nacional de Vacinação é um programa implementado pelos governos de vários países, incluindo Portugal, com o objetivo de proteger a população contra doenças infecciosas por meio da imunização. Ele define quais vacinas são recomendadas, o cronograma de administração e os grupos-alvo para cada vacina.

O programa é elaborado com base em evidências científicas e em recomendações de organizações de saúde nacionais e internacionais, como a Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Centro Europeu de Prevenção e Controle de Doenças (ECDC). As vacinas incluídas no plano são selecionadas com base na gravidade das doenças, a sua prevalência na população e na eficácia e segurança das vacinas disponíveis.

O Plano Nacional de Vacinação geralmente abrange uma ampla gama de doenças, incluindo infeções bacterianas e virais. Além de proteger os indivíduos vacinados, a imunização em massa desempenha um papel importante na redução da disseminação dessas doenças na comunidade, proporcionando o que é conhecido como imunidade coletiva ou de rebanho. Isso significa que quando uma parcela significativa da população é vacinada, a propagação da doença é interrompida, protegendo também aqueles que não podem receber a vacina por motivos médicos, como bebés muito novos ou pessoas com sistemas imunológicos enfraquecidos.

O Plano Nacional de Vacinação em Portugal é coordenado pelas autoridades de saúde, em especial pela Direção-Geral da Saúde (DGS), foi implementado em 1965 e é revisado periodicamente para incorporar novas vacinas, ajustar o cronograma de vacinação ou ampliar a cobertura para diferentes grupos populacionais, conforme necessário.

É importante que os pais estejam cientes do Plano Nacional de Vacinação e sigam as recomendações para garantir a saúde e a proteção dos seus filhos. As vacinas oferecidas pelo plano são seguras e passam por rigorosos testes de qualidade e eficácia antes de serem disponibilizadas à população.

Importante salientar que a imunização é uma medida fundamental para prevenir doenças graves e as suas complicações, promovendo a saúde e o bem-estar das crianças.

A importância da vacinação

A vacinação é uma das intervenções médicas mais importantes e eficazes na prevenção de doenças infecciosas. Ela desempenha um papel fundamental na proteção individual e coletiva da saúde, contribuindo para o controle e erradicação de várias doenças ao redor do mundo.

As vacinas estimulam o sistema imunológico a reconhecer e combater os agentes patogénicos específicos, como vírus e bactérias, que causam doenças. Ao receber a vacina adequada, uma pessoa desenvolve imunidade contra esses agentes infecciosos, o que reduz significativamente o risco de contrair a doença.

 A vacinação em massa da população tem sido uma estratégia eficaz para controlar e até mesmo erradicar doenças. Um exemplo notável é a erradicação da varíola, uma doença viral que causava mortes em todo o mundo, mas foi oficialmente erradicada em 1980, graças a um esforço global de vacinação.

As vacinas protegem os indivíduos vacinados e têm um efeito indireto na proteção da saúde pública. Quando uma percentagem significativa da população é vacinada contra uma doença, ocorre o que é chamado de imunidade coletiva. Isso significa que, mesmo aqueles que não foram vacinados, como os bebés ou pessoas com sistemas imunológicos comprometidos, têm uma proteção indireta porque a propagação da doença é reduzida.

Vacinas incluídas no Programa Nacional de Vacinação

Em Portugal, o plano de vacinação é definido pelo Programa Nacional de Vacinação (PNV) e é atualizado regularmente pelas autoridades de saúde. O plano de vacinação inclui uma série de vacinas para diferentes grupos etários e condições de saúde.

Veja as vacinas que estão incluídas no plano:

  • Difteria, tétano, tosse convulsa (DTPa)
  • Poliomielite (VIP)
  • Haemophilus influenzae tipo b (Hib)
  • Hepatite (VHB)
  • Streptococcus Pneumoniae (PN13)
  • Sarampo, papeira e rubéola (VASPR)
  • Vírus do papiloma humano (HPV)
  • Vacinação contra tétano, difteria e tosse convulsa (dTpa)
  • Tétano e difteria (dT)
  • Meningite B (MenB)
  • Meningite C (MenC)
  • Tétano e Difteria (Td)

Esquema de vacinação recomendado

O plano nacional de vacinação visa alcançar a máxima proteção, no momento mais apropriado e o mais precocemente possível. A fim de assegurar uma proteção mais eficaz e de longa duração, para algumas vacinas são recomendadas doses de reforço ou doses adicionais.

Veja o esquema de vacinação recomendado pela DGS:

Esquema de vacinação - Plano Nacional de Vacinação

Esquema de vacinação recomendado no Programa Nacional de Vacinação (Fonte: DGS)

VHB (Hepatite B): a primeira dose deve ser administrada ainda na maternidade.  Caso isso não ocorra, deve ser administrada o mais rápido possível durante o período neonatal. As doses de reforço devem ser administradas aos 2 meses e aos 6 meses.

HIB (Haemophilus influenzae b): o esquema recomendado é aos 2, 4, 6 e 18 meses.

DTPa (Difteria, tétano, tosse convulsa): a primeira dose deve ser administrada aos 2 meses e os reforços devem ser administrados aos 4,6 e 18 meses e a última dose aos 5 anos.

VIP (Poliomielite): a primeira dose deve ser administrada aos 2 meses e os reforços devem ser administrados aos 4,6 e 18 meses e a última dose aos 5 anos.

Pn (13) (Streptococcus pneumoniae): esquema recomendado é aos 2,4 e 12 meses.

MenB (Neisseria meningitidis B): esquema recomendado é aos 2,4 e 12 meses.

MenC (Neisseria meningitidis C): dose única aos 12 meses.

VASPR (Sarampo, parotidite epidémica, rubéola): aos 12 meses e dose de reforço aos 5 anos.

HPV (Vírus Papiloma humano): dose única aos 10 anos. Aplicável também ao sexo masculino, se nascidos ≥2009, com o esquema 0, 6 meses.

Tdpa (Tétano, difteria e tosse convulsa) : Vacina recomendada a grávidas, com o objetivo de proteger o recém-nascido contra a tosse convulsa, nas primeiras semanas de vida.  Deve ser administrada entre as 20 e as 36 semanas de gestação, após a ecografia morfológica.

Td (tétano): Administrada a partir dos 10 anos e com intervalos, o reforço seguinte é administrado aos 25 anos e depois de 20 em 20 anos até aos 65 anos. A partir dos 65 anos passam a ser administradas doses de reforço de 10 em 10 anos. 

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Sobre o autor
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lpereira

Licenciada em enfermagem desde 2009, com uma vasta experiência na área em vários países, como: Portugal, França e Suíça. Mãe de uma menina desde 2018, os desafios da maternidade e a minha paixão pela escrita motivou-me a partilhar os meus conhecimentos e experiências com outras mães e com futuras mamãs.